Nesses últimos dias, o Rio de Janeiro tem sido motivo de muitas matérias de jornal e conversas de botequim. O motivo, claro, é a memorável conquista do direito de sediar as Olimpíadas de 2016. Mas a razão de ser deste post, apesar de incluir o Rio, não tem a ver com as Olimpíadas.
A razão é que este humilde blogueiro que vos fala é um dos mais novos moradores da Cidade Maravilhosa. Isso mesmo. Sou paulista de nascimento e lá morei até exatos 16 dias atrás. Foi então que me mudei para a Cidade Maravilhosa.
Aliás, esse codinome imponente, escrito com todas as letras na placa de boas-vindas para quem chega ao Rio via aeroporto internacional do Galeão, merece uma breve reflexão. Porque é algo que poderia incomodar algumas pessoas que por cá não vivem ou que cá não conhecem. Poderiam julgar o título presunçoso e talvez até um pouco megalomaníaco. Mas não é preciso dizer que um rápido passeio pela orla da Zona Sul da cidade é suficiente para amolecer os corações mais carrancudos.
A cidade é, de fato, um espetáculo. As belezas naturais são diferentes de quase tudo que há por aí. Sim, são praias e morros como os que acontecem em muitos outros lugares... mas, por alguma misteriosa razão divina, os elementos da natureza estão dispostos de modo tão soberbo por aqui, que o título de Cidade Maravilhosa não poderia ser dado a um local mais apropriado.
E quanto aos problemas sociais e da violência pública, perguntaria um leitor mais invocado. Sim, eles existem, são muitos e de notório conhecimento do público em geral. São reais e sérios. Dignos de preocupação. Mas não são suficientes, contudo, para ofuscar a beleza sem par de um pôr do sol em Copacabana.
Feita a reflexão, voltemos ao assunto original. Queria acrescentar que a mudança para o Rio era algo impensável até 3 ou 4 meses atrás. Foi uma oportunidade de trabalho interessante que surgiu de repente e mudou o panorama da minha humilde existência. Espero saber aproveitar essa nova experiência o melhor possível e compartilhar neste blog algumas das impressões deste paulista deslumbrado com sua nova cidade-lar.
Para finalizar, sintetizando o paradoxo que é a cidade do Rio de Janeiro, vale lembrar a frase dita por Tom Jobim ao explicar sua volta para o Rio, depois de morar um período em Nova York. Dizia ele que os Estados Unidos é ótimo, mas é uma merda. Já o Brasil é uma merda, mas é ótimo.