O livreto incluia um texto do Santo Cura d'Ars (um dos meus prediletos, do qual já li uma biografia, que gostaria de poder comentar por aqui em algum momento futuro), e também uma fotografia da casa do Cura d'Ars, conservada como era no seu tempo.
Mas a parte que mais me marcou foi uma oração, incluída nesse livreto. Contou o padre que aquela oração havia sido escrita por uma senhora humilde, moradora de uma das localidades em que trabalhara quando jovem e recém-ordenado sacerdote. Era uma senhora de pouca instrução formal. Mas suas palavras, ao mesmo tempo simples e profundas, indicavam uma sofisticada alma de oração e vida interior.
Ali estava, de alguma forma, uma síntese original de muito que já ouvi e li, ao longo da minha formação católica. Que uma senhora semi-analfabeta pudesse tecer tais palavras tão originais e tão consoantes com o que se poderia chamar de “espírito católico”, é algo confortante e indicador do fundamento unitário na espiritualidade da Igreja.
Aqui vai o texto:
Aqui vai o texto:
Oração pelo sacerdote que está servindo à nossa comunidade
Ó Jesus, sede o grande amor da vida do sacerdote que está servindo à nossa comunidade. Assisti-o em todas as suas necessidades espirituais e temporais. Infundi em sua alma a flor da obediência, da pureza, da humildade e do temor de Deus. Concedei-lhe os dons e graças do Divino Espírito Santo, de um modo especial o dom da fortaleza e o dom do conselho. Olhai para ele com os olhos da Vossa imensa bondade.
Fazei possível, pela graça, o que lhe é impossível, pela natureza. Livrai-o de todos os perigos, fortificai a sua fé, aumentai sua esperança e caridade. Fazei, ó Jesus, que o seu último suspiro seja de amor e arrependimento.
Amém!