Que as sociedades contemporâneas vivem uma “Era da Informação”, poucas pessoas discordariam. Prova disso é que novas maneiras de organizar e distribuir informações são criadas a cada dia, sobretudo por meio da maior invenção humana dos últimos séculos: a Internet.
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Devido ao dinamismo da Internet, e à espetacular capacidade de processamento dos computadores modernos, muitos previram que o livro, como fonte primordial de conhecimento, estava com seus dias contados.
Ledo engano.
Apesar de todo burburinho das novas tecnologias, ainda não se criou maneira mais eficaz de absorver idéias sofisticadas.
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Há, contudo, um dilema, intrínseco às diferenças entre o mundo da tecnologia moderna e o mundo da leitura. O dilema é que o ‘tempo’ da leitura continua sendo o mesmo que um ser humano percebia nos séculos que nos precederam; ao passo que o ‘tempo’ da informação via computador-internet é muito mais rápido.
Se esse aceleramento deslumbra os que possuem uma mente curiosa, também chega a enfadar a todos pela multiplicidade de opções, formas, cores e conteúdos.
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No meio disso tudo, como esperar que as novas gerações se debrussem sobre os bons e velhos livros para adquirir algo que, apesar de parecer que sim, não lhes pode ser ofertado de outra forma?
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Talvez só por meio de um pesado “marketing”, que convença aqueles que ‘não gostam de ler’ que não há outra forma de se realmente adquirir algum conhecimento científico mais complexo que não envolva boas horas de “bumbum na cadeira”.
Claro que a Internet pode ser uma poderosa aliada na batalha do conhecimento. Mas, como todo aliado, não poderá ganhar a guerra sozinha por nós.