11.7.11

Empreendedorismo - parte 3

Sobre as mencionadas habilidades que um empreendedor deve possuir, não sei se poderia tratar de todas elas aqui. Há sempre o risco de se ignorar algum ponto importante, quer por esquecimento, quer por inexperiência.

De qualquer modo, nunca é fácil ser empreendedor. Como nunca é fácil aprender e dominar novos assuntos e novas práticas.

Em qualquer ramo de atividade humana, a capacidade de realizar depende de esforços por dominar assuntos e assumir comportamentos que não são naturais.

Quando penso no empreendedor, penso em alguém que conscientemente fez um esforço de superação no sentido de se tornar apto a realizar coisas. Note que não penso em um empreendedor picareta, penso em alguém que seja ou busque seriamente a excelência.

Para tanto, uma primeira característica é fundamental (e talvez a pedra de toque para diferenciar os sérios dos picaretas): um grande realismo.

Não é trivial encontrar pessoas que olham para o mundo para enxergá-lo como ele é, e não como gostariam que ele fosse. Esse comportamento, que é muito simples de ser dito, não é muito simples de ser encontrado. Mas é imprescindível para um empreendedor de excelência.

O mercado e o debate de idéias tendem a não tolerar os pouco realistas. Há exceções, mas lembre-se que estamos falando de excelência.

Se você conhecer (como eu conheço) empreendedores picaretas que tenham sucesso econômico, não se surpreenda, e nem refute o que afirmo acima. O sucesso financeiro pode muito bem alcançar um empreendedor pouco realista e pouco excelente, mas é um sucesso que, na minha opinião, não vale a pena. Não realiza nem o empreendedor, nem os que trabalham com ele.

Por isso menciono a palavra excelência e não a palavra sucesso para definir o tipo de empreendedor desejável. E, para relacionar com algo que discutimos anteriormente, quanto maior a excelência, maior o grau de ‘nobreza’ de um dado empreendedor.

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