Outro aspecto sobre empreendedorismo que vale discutir é o local de ação do empreendedor. Ele pode atuar numa companhia ou organização já existente, ou pode (mais desejável, acredito) criar uma “empresa” nova.
Há pelo menos duas diferenças marcantes de um caso para o outro: o nível de risco e grau de responsabilidade.
Nível de risco
Criar uma nova unidade de negócios dentro de uma empresa que já existe é um grande exemplo de empreendedorismo. Mas é certamente menos arriscado do que criar um negócio similar autônomo, independente.
E não podemos ignorar o mérito que há em correr riscos. São os que correm riscos os que, em último caso, aceitam a responsabilidade pelos empreendimentos que trazem renda aos demais, aos que não correm riscos.
De novo, ser empreendedor significa agir de maneira altamente nobre. Mas há caminhos mais fáceis e mais difíceis para se chegar lá: criar um novo negócio dentro de uma empresa que já existe é, invariavelmente, mais fácil do que seria criar o mesmo negócio “do zero” por conta própria.
Grau de responsabilidade
Por mais importância que uma determinada posição profissional dentro de uma companhia possa ter, um funcionário quase nunca tem relação direta com as consequências do sucesso ou fracasso da empresa em que atua.
Em outras palavras, se o negócio der muito certo, um funcionário, por mais importante que seja, nunca terá a maior parte dos ganhos. Se der errado, também não entrará em falência pessoal.
Daí outra separação importante entre o melhor dos empregados e o pior dos empreendedores: o nível de envolvimento, o grau de responsabilidade pelo sucesso ou fracasso.
Mas claro que, apesar da ‘nobreza’ inata da vocação empreendedorística, há os que possuem mais ou menos méritos em seus empreendimentos. Ou seja, há graus variados dessa mencionada nobreza. Mas isso já é assunto para um próximo post.
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